Bloco
econômico iniciou seus diálogos de maneira oficial e definiu objetivos
Desde a terça-feira (25), os negociadores-chefes dos BRICS têm
se reunido para discutir os temas da cúpula, que será realizada em julho
no Rio de Janeiro.
Os diplomatas da Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Irã,
Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Indonésia discutem, sob a presidência
brasileira, quais serão os próximos passos do bloco.
E as conversas para o estabelecimento de comércios em moedas locais
continuam sendo pautadas — a chamada desdolarização —, mesmo após as ameaças de
Donald Trump ao bloco, como informa o jornalista Jamil Chade.
Antes e depois de assumir o cargo, o ex-presidente sugeriu que
o bloco fosse taxado em 100% caso abandonasse o dólar como moeda
padrão de seu comércio.
Atualmente, Índia e Rússia, China e Rússia, e Irã e Rússia já fazem boa
parte de seu comércio em moedas locais. A ideia é criar mecanismos de
conversão para garantir que o comércio seja feito de maneira segura
entre os países.
A presidência brasileira deseja manter o assunto nas mesas de
negociação, sem transformar a questão em uma pauta política, a fim de evitar
mais ofensivas dos EUA contra o plano dos BRICS.
A proposta ousada de desdolarização do bloco significaria uma perda
decisiva para o poder dos EUA no mundo, que exercem parte de sua hegemonia
por meio do controle do dólar, o que facilita sanções econômicas e garante a
estabilidade de sua própria economia.
Considerando os dados do FMI, em 2000, 71% das reservas financeiras do
mundo eram em dólar. Hoje, são 58%. O dólar vem perdendo
espaço significativo nas reservas, e os BRICS negociam como podem acelerar
esse movimento ao descentralizar as moedas e fortalecer o comércio
entre o Sul Global.
FONTE: Revista Fórum
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