Em 2011 o Brasil gastou, em educação, menos de um terço da média entre as economias mais desenvolvidas, aquelas que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apontou o relatório "Education at a Glance" de 2024, divulgado recentemente.
Considerando os investimentos da educação básica ao ensino superior, o percentual no país caiu, em média, 2,5% ao ano entre 2015 e 2021. Nos países da OCDE, ao contrário, este índice aumentou 2,1% anualmente no mesmo período.
Considera-se ser o fato resultado de duas crises econômicas, de 2014 e 2015 e depois em 2020, já que os recursos da educação são vinculados aos impostos. Quando há baixo crescimento econômico, enfatizam alguns especialistas, há menos recuso para educação.
Talvez essa explicação seja simplista demais. Por que em outros locais, que também sofreram efeitos de crises econômicas, os recursos destinados à educação não caíram na mesma proporção? Por que quando a economia aqui cresce os investimentos em educação públicas não a acompanha na mesma proporção?
A questão talvez esteja ancorada em nosso secular descaso com a educação pública, afinal, os filhos daqueles que fazem as políticas públicas estudam em instituições privadas.
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