O retrato de Dorian Gray

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O retrato de Dorian Gray é apontado por muitos como um grande clássico da literatura internacional. A ideia de beleza ou perfeição física é um de seus grandes temas e remete ao mito grego de Narciso.

O personagem da mitologia grega cultua a sua própria imagem e vive em função dela. É um romance bem instigante. Nos leva à reflexão. Vale a pena ler antes de morrer.

O romance de Oscar Wilde, escritor Holandês, foi publicado, em sua versão final, em 1891. Tem como cenário a cidade de Londres aristocrática do século XIX, da era Vitoriana, e como personagem central o encantador, belo jovem, Dorian Gray, cuja beleza exerce influência marcante sobre todos aqueles a rodeá-lo.

Torna-se inspiração para o pintor renomado Basil Hallward. Este, admirando-o, retrata-o em um quadro. Dorian Grey torna-se não apenas modelo para o artista, mas o inspira na produção de uma nova arte, com traços modernos.

Na casa do pintor, Dorian é apresentado àquele que exercerá sobre o seu espírito uma influência devastadora. Trata-se do Lorde Henry Wotton, um hedonista, aristocrata inglês e amigo de Basil. 

O herói de Oscar Wilde é seduzido pelas ideias e inteligência de Henry e passa a venerar o mundo da beleza e dos prazeres imediatos, desprezando as consequências de seus atos, inicialmente, e toda a moral mediana de uma sociedade hipócrita, a seus olhos, vivendo de aparências.

Dorian supera seu mestre e se entrega à superficialidade dos prazeres e ao egoísmo. A partir de então, parece ter início uma espécie de conflito psicológico. Oscila entre dar vazão aos seus desejos e à reflexão sobre sua verdadeira alma, inscrita apenas no seu Retrato, pintado por Basil. 

Ali estava pintado algo horrível aos seus olhos. O quadro revelava-lhe os segredos ocultos de sua alma. Por isso, o mantém escondido de todos, guardado em sua biblioteca, trancada a chave, coberto por um manto.

Incitado por Henry, passa a cultivar um grande medo: a velhice e a perda de sua juventude. O seu retrato deveria imortalizar a sua juventude. 

Mas, paradoxalmente, ocorre o oposto. Ao contrário da natureza humana, o rapaz preserva seus sinais físicos da beleza e da juventude enquanto sua imagem no quadro revela sinais de velhice ou de seus medos mais ocultos: os segredos de sua alma.

Conflito Psicológico



Dorian parece viver esse conflito entre dar vazão aos seus desejos, aproveitar a sua juventude, e cultivar seu espírito. 

Esses dois lados parecem representar os outros dois personagens centrais do romance, que estabelecem relações com o protagonista: o pintor Basil, vendo-o como modelo e inspiração, pretende que continue sendo aquele rapaz doce e admirável, a cultivar a alma, e Henry, que o desperta para os prazeres imediatos da vida. 

Esses dois outros personagens parecem representar a verdadeira dualidade da condição humana. Consiste no conflito entre responder aos instintos ou se conformar com as regras morais e sociais. 

Henry é o lado cínico, hipócrita e maldoso, a defender a busca dos prazeres e desejos humanos a qualquer custo, sempre sugerindo ao herói do romance viver os momentos que sua beleza e juventude lhe proporcionam, enquanto Basil é aquele que tenta trazê-lo para o seu lado puro e gentil. Busca demonstrar que são justamente tais qualidades a provocar fascínio nas pessoas a sua volta.

Crítica Social



O autor do romance, parece, busca fazer uma crítica à sociedade inglesa de sua época ao demonstrar os preconceitos sociais e a não aceitação, em seu meio, daqueles que quebravam às normas morais defendidas, caso de Dorian Gray. 

O personagem central, embora despreze uma série de convenções, vive uma vida dupla: no seio da sociedade e dos salões mantém uma postura “civilizada”, seguindo os padrões morais estabelecidos por ela, mas tão logo deixa-os, busca as diversões ocultas, longe dos olhos arregalados de todos aqueles que se horrorizariam com sua conduta.

O retrato de Dorian Gray, pintado por Basil, horroriza o herói do romance precisamente pelo fato de revelar a sua alma. A pintura de Basil parece exteriorizar o que Dorian quer esconder: sua decadência moral, consciência, frieza e coração gelado, indiferente a quase tudo, sofrendo apenas se seus atos colocam em risco sua liberdade (diante do perigo de ser preso) ou vida (diante do perigo de ser assassinado).



Dorian Gray é uma espécie de novo Narciso, amante das artes e dos prazeres carnais, parecendo querer transformar sua vida em arte. 

Ao tentar enfrentar a sua culpa, esconde-se na superfície de seu retrato. No entanto, não consegue libertar-se de sua consciência.

Wilde parece perguntar se o caráter de uma pessoa pode ser determinado por sua exterioridade, pela superficialidade, tal é o caso de Dorian Gray, cuja beleza e encanto escondem uma alma degradada e engana a todos.

Seguindo a vida ao lado de Henry, Dorian se torna um sedutor, egoísta, libertino e mau, embora seu rosto permaneça jovem mesmo aos quarenta anos.

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