Localizado entre o Irã e Omã, o Estreito de Ormuz é um ponto de passagem essencial para cerca de 20 milhões de barris diários de petróleo bruto
O Parlamento iraniano aprovou nesta segunda-feira uma proposta para fechar o Estreito de Ormuz, uma das rotas marítimas mais estratégicas do mundo, por onde transita aproximadamente 20% do petróleo consumido globalmente. A medida ainda precisa ser analisada pelo Conselho de Segurança do Líder Supremo do país, o aiatolá Khamenei, antes de entrar em vigor, segundo informações da agência Reuters.
O Estreito de Ormuz, localizado entre o Irã e Omã, é um ponto de passagem essencial para cerca de 20 milhões de barris diários de petróleo bruto, condensado e combustíveis, de acordo com dados da consultoria energética Vortexa. A proposta de bloqueio ocorre em meio a uma escalada de tensões com os Estados Unidos, após um ataque americano ao território iraniano na véspera.
A reação iraniana pode ter impacto direto no mercado internacional de energia. Especialistas alertam que qualquer interrupção no fluxo de petróleo pelo estreito tende a pressionar os preços para cima, afetando especialmente países importadores da Ásia.
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Estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico |
Irã x Israel
A medida aprovada pelos parlamentares iranianos ocorre em um momento de forte instabilidade geopolítica. Nesta manhã, o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, emitiu um comunicado advertindo que qualquer retaliação por parte do Irã “será recebida com uma força muito maior do que a vista nesta noite”.
Com 33 quilômetros de largura em seu ponto mais amplo, o Estreito de Ormuz é um gargalo natural que concentra o tráfego de navios oriundos do Golfo Pérsico rumo ao Mar Arábico. Em sua parte mais estreita, apenas 3,2 quilômetros são navegáveis em cada direção, tornando a passagem especialmente suscetível a interrupções.
Além do Irã, países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Iraque — todos membros da Opep — utilizam a rota para exportar grandes volumes de petróleo. O Catar, principal exportador mundial de gás natural liquefeito, também depende fortemente da via para escoar sua produção.
FONTE: ICL
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