Política Ipuense: Pica-pau X Cururu - II

Charge do Arcanjo

No final da década de 1980, despontava como liderança política o bem-sucedido empresário José Carlos Sobrinho (Zezé). Ele disputou as eleições de 15 de novembro de 1988 com Francisco Eufrásio Mororó (coligação PMDB-PFL) e Francisco Luciano de Paiva (PT). Embora derrotado nas urnas, sairia fortalecido da disputa.

Zezé foi eleito em 1992, governando Ipu entre 1993 e 1996. Fez seu sucessor, Simão Martins de Sousa Torres (1997-2000). Rompendo depois com este, elegeu seu filho, Marcelo Joseme Carlos, nas eleições de 2010, após ter a candidatura cassada. 

Marcelo renunciaria meses depois de sua eleição. Assumiu, em seu lugar, a então vice-prefeita Antonia Bezerra Lima (2001-2004), esposa do Zezé.

Com sua liderança consolidada,  Zezé Carlos lançou a candidatura à reeleição de sua esposa, Toinha Carlos, em 2004, derrotada nas urnas.

Toinha disputou as eleições com Maria do Socorro Pereira Torres, esposa do líder político Francisco das Chagas Torres Júnior (Torrim), então prefeito de Pires Ferreira.

A disputa foi acirrada e cheia de lances chocantes. Dois lados buscavam o domínio da política local: o grupo do Cururu, do líder politico Zezé, e o grupo do Pica-pau, do líder político Torrim, ambos representados por suas esposas.

A charge acima nos permite analisar aquele período de disputa. Sugere o clima de guerra na arena política, em que parte da população, com paixão desmedida, encarava - ainda encara? - a política partidária local como uma disputa de times beligerantes, pouco importando se o vencedor seria bom para a cidade. 

É claro que os dois lados ganhavam com isso. A paixão vedava os olhos, lhe pondo antolhos, aquela máscara de boi brabo! O clima de guerra podia servir para alguma coisa. 

A charge revela, por outro lado, o grupo vencedor.

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