Advogado da plataforma de vídeos disse que empresa "não tem operações no Brasil" e que, por isso, não indicaria representante legal; historiador Carlito Neto desmente
Por Ivan Longo
O historiador e influenciador digital Carlito Neto revelou, nesta segunda-feira (24), que a plataforma de vídeos Rumble, uma espécie de "YouTube da extrema direita", o contratou em 2022 para promover o serviço em seu canal no YouTube. A informação contradiz a declaração do advogado da empresa, Martin De Luca, que afirmou em entrevistas recentes a veículos brasileiros que a Rumble “não tem operações no Brasil” e, por isso, não teria razão para nomear um representante legal no país.
A declaração foi dada na esteira do caso envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou o bloqueio da plataforma no Brasil após o descumprimento da exigência de nomeação de um representante local.
A decisão de Moraes ocorreu após a Rumble se recusar a cumprir uma determinação do ministro para bloquear o canal do influenciador bolsonarista Allan dos Santos. Investigado no Brasil por disseminação de notícias falsas e ataques às instituições democráticas, Allan dos Santos é alvo dos inquéritos fake news e das milícias digitais, ambos sob relatoria de Moraes. A recusa da Rumble em remover o canal levou Moraes a ordenar o bloqueio da plataforma em todo o território nacional.
Paralelamente, a Rumble e a Trump Media & Technology Group, empresa do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, ingressaram com uma ação judicial contra Moraes na Justiça norte-americana. As empresas alegam que a decisão do magistrado brasileiro viola a soberania dos EUA ao exigir que uma plataforma estrangeira cumpra ordens de um governo estrangeiro, além de comprometer a liberdade de expressão e o funcionamento de empresas sediadas fora do Brasil.
FONTE: Revista Social
Postar um comentário
Olá! Muito obrigado pelo seu comentário.